(anna-la-mouton)
Pousava seus olhos em tudo
como se algo estivesse a procurar.
Apenas os olhos vagavam,
os pés não saiam do lugar.
Talvez buscasse a si mesma,
em outra vida,
em outro lugar...
Se um dia sonhou,
já não se lembrava.
Se um dia amou,
já não se lembrava.
Apenas sentia
que em uma outra vida
seus pés caminharam
para algum lugar,
onde ora sabia
não conseguiu chegar
E continuou permitindo
que seus olhos vagassem,
sem cessar...
Queria retornar ao que era
mas só mostravam abismos
a sua face cansada
e a solidão de seu olhar
Marilene
Olhos que não pedem licença para vaguear, pousar onde o sonho os levar
ResponderExcluirAdorei
Meu amigo poeta, ainda que carregados de dúvidas, os olhos vagueiam em suas buscas. Muito obrigada. Abraço.
ExcluirTão lindo,Marilene!Chega a doer! Profundo sentimento! Bjs,tudo de bom,chica
ResponderExcluirChica, querida, obrigada . Sempre vagamos nos sentimentos rss. Bjs.
ExcluirDolorido, triste, mas de muita beleza. Quando conseguimos expressar tanta verdade, podemos dizer que 'belo poema!'
ResponderExcluirBeijinho, criatividade por aí está sobrando, heim!?
Tais, também considero triste rss. Uma busca difícil para encontrar a si mesma. Muitíssimo obrigada pelo constante estímulo. Bjs.
ExcluirHá vidas assim, procurando vida, mais vida, para não se confinarem à pouca vida do seu estar.
ResponderExcluirFá, uma certeira colocação. Muitíssimo obrigada! Bjs.
Excluir¿Lograría volver a su ayer? Difícil reto. Mejor parar, respirar, y reemprender el camino hacia el futuro con la sabiduría aprendida
ResponderExcluirBuenas rimas. Saludos.
Momentos que exigem, realmente, uma parada consciente, para reflexão. Muito obrigada pela visita e comentário. Abraço.
ExcluirCaminar por la vida con los ojos desnudos y los pies cansados, caminar para vivir a sorbos la vida.
ResponderExcluirBesos.
É preciso absorver o que de belo a vida oferece. Quando os pés estão cansados, o caminho precisa ser renovado. Bjs.
ExcluirMe emocionei, Marilene.
ResponderExcluirSergio, a maior alegria de quem escreve é despertar emoções. Obrigada. Abraço.
ExcluirPodem os pés ficar quietos se os sonhos se abrirem em caminhos de realização.
ResponderExcluirExcelente Poema, Marilene.
Parabéns.
Beijo
SOL
Difícil é quando os caminhos ficam nublados. Obrigada, meu amigo. Abraço.
Excluirum poema muito belo.
ResponderExcluirabarca o vazio dum olhar
e nem a vaga esperança
duma outra vida
dum outro lugar
trazem paz a este vaguear.
gostei muito
beijos
Muitíssimo obrigada, meu amigo das palavras encantadas. Bjs.
ExcluirEsta angústia existencial que nos acompanha como se algo nos faltasse, mas que contudo percebo que em algum lugar eu deixei...conheço bem a sensação desde sempre.
ResponderExcluirUm abraço
Uma angústia por vezes inexplicável. Vazios que ficam de algo que nunca ocupou os espaços que lhe eram reservados. Muito obrigada pelo comentário, querida. Bjs.
ExcluirUm poema sublime que tocou a minha alma.
ResponderExcluirObrigado por este maravilhoso momento de poesia.
Beijinhos
Muito obrigada, Maria. Fico feliz que tenha gostado. Bjs.
ExcluirGostei deste olhar, quem embora denote uma certa tristeza, ainda resiste e continua â procurar com o olhar um sentido melhor para a vida.
ResponderExcluirMuito belo amiga Marilene
Bom domingo!
Beijinhos
:)
Uma procura que não finda, ainda que os caminhos pareçam não se abrir. Obrigada, amiga. Linda semana para você. Bjs.
ExcluirUm poema belo, que reflete a solidão de alguém já cansado da vida!
ResponderExcluirUm abraço, Marilene!
A.S.
Eu não diria cansado, mas perdido. O cansaço mora na busca que não termina. Muito obrigada pela visita e comentário. Abraço.
ExcluirBoa tardinha de domingo, querida amiga Lena!
ResponderExcluirA busca de si mesma é lenta, mas quem procura acha... Mesmo que o caminhar seja tristinha enfadonho. O resultado foi um poema intenso.
Tenha uma nova semana abençoada!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Realmente, Roselia. Creio que não encontra a si mesmo sofre demais. Muito obrigada, querida, pelo carinho de sempre. Bjs.
Excluir💐😇🙌🙏😘
ExcluirA introspecção é tão linda transformada em poesia
ResponderExcluirAdorei
Você é sempre gentil, poeta. Muitíssimo obrigada. Abraço.
ExcluirOlhos que vagueiam a procura de algo perdido, de uma felicidade que já não existe mais, olhos de saudades! Que lindo poema, adorei conhecer o seu blog, voltarei com certeza.
ResponderExcluirum beijo querida Marilene!
Alécio, obrigada por retribuir a visita e pelo gentil comentário. As portas estarão sempre abertas. Abraço.
ExcluirMas que bonito você escreveu
ResponderExcluirnos seus versos, Marilene.
Até meus olhos, tão duros como
eu, umedeceram. Eu não, eu não
chorei, juro. Só eles...
Muitíssimo obrigada, Silvio. Fico feliz por ter gostado. Abraço.
ExcluirOh, amiga!
ResponderExcluirAs nossas recordações!...
Boa semana para si e os seus!
E anseios levados longe demais... Abraço.
Excluiràs vezes fico a pensar, porque a solidão, melancolia provocam tão belos poemas.
ResponderExcluirNão estamos tristes, é certo, mas mergulhamos nestes sentimentos, que esbarramos em Pessoa com sua visão do poeta como fingidor, tal é a força que se impõe num poema, que fala destes sentimentos. Há emoção no ler e por vezes nos mergulhamos nele.
Belíssimo trabalho da poesia, mas que dói, isto dói Lena.
Aplausos pela arte tão elegante.
Carinhoso abraço mineiro de flor.
Muitíssimo obrigada, meu querido amigo. Você sabe como é abraçar sentimentos que não são nossos, mas que nos provocam emoções. Grande abraço.
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