domingo, 23 de agosto de 2020

NÓS DE MARINHEIRO

(Erica Coburn)



                                    Hoje quero me vestir de laços,
                                    suaves, perfumados
                                    e bem leves,
                                    daqueles que se rompem
                                    com um terno olhar e que,
                                    sem ir ao chão,
                                    se lançam em etérea dança

                                    Um passaporte para a emoção
                                          
                                    Dos nós de marinheiro
                                    vou me despojar,
                                    libertando a prisão das entranhas e
                                    usando, para tal, a completude
                                    de minha alma.
                                    Tenho que ser eu a desatá-los

                                    Hoje quero apenas leveza,
                                    aquela que desperta o coração
                                    sem relâmpagos de tempestade.
                                    Quero mansas luzes e
                                    gestos não solenes,
                                    para não me engasgar
                                    com falsos sorrisos
                                    ou linguagem amorosa vil.

                                    Hoje quero me vestir de laços,
                                    sem mistérios,
                                    para uma nudez sem sombras


                                                                                  Marilene





40 comentários:

  1. Que linda alegoria sobre a liberdade.
    Gostei da forma como o poema foi construído e da respectiva mensagem
    😊

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    1. Fico feliz pelo estímulo. Se não nos libertarmos das correntes que, muitas vezes, nós próprios colocamos, jamais conseguiremos leveza para uma opção de amor verdadeira.

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  2. Sem duvida laços delicados vestem nosso corpo muito melhor e não nos "machucam"... A liberdade é nosso direito! Adorei! beijos, chica

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    1. Verdade, Chica! Os nós nos limitam e nos fazem sofrer. Bjs.

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  3. Bom dia de Domingo,querida amiga Marilene!
    Que leveza na alma sinto ao ler seu post!
    Venho de duas leituras e a sua completa bem todo o sentido das demais.
    Leveza é o sentimento da nossa consciência reta e feliz.
    Chega de nós de marinheiro!
    Muito lindo, leve e solto como devemos nos sentir.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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    1. A leveza não chega com facilidade. É uma conquista que só conseguimos após reflexões e aprendizado. Bjs.

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  4. Belissimo Poema Marilene!

    Delicioso a estrofe final.

    "hoje quero me vestir de laços,
    sem mistérios,
    para uma nudez sem sombras"

    Um abraço.
    A.S.

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    1. Muitíssimo obrigada, poeta. Também me delicio no seu espaço.Abraço.

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  5. "Hoje quero apenas leveza que desperta o coração, sem relâmpagos de tempestade", sem nós intrincados. Nós de amor e carinho e laços que prendam com suavidade e cumplicidade.

    Querida Marilene, este Poema é lindíssimo e traz um perfume que inunda a alma e o coração.

    Beijinhos
    Olinda

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    1. Laços não sufocam e são facilmente desfeitos. Nós nos prendem, tirando a leveza que deve envolver nossas opções. Muitíssimo obrigada, Olinda. Bjs.

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  6. Muito lindo Maria
    Também quero essa leveza!
    E que todos a tenham. Belo poema, cheio de luz para iniciar o dia.
    Obrigada.

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    1. Lis, querida, continuemos abraçando a leveza, para conseguirmos voar com beleza. Bjs.

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  7. Ah! Liberdade traduzida lindamente em sua poesia.

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    1. Uma liberdade que, muitas vezes, depende de nossos atos. Bjs.

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  8. Olá, Marilene!
    Um lindo poema que fala de um momento crucial na vida da gente. Preste atenção a ele!
    Amei.

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    1. Ana, fico feliz que tenha gostado, pois sabe o quanto admiro sua escrita! Bjs.

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  9. Olá Marilene querida


    Pensamentos libertadores, melhor mesmo criarmos laços ao invés de nós.

    Beijos
    Ani

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    1. Verdade, Ani. Nós nos acorrentam e nos impedem de seguir. Bjs.

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  10. Linda poesia Marilene
    Todas que escreve são maravilhosas.
    Beijos no coração
    Lua Singular

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  11. Boa tarde Marilene.
    Lindo poema. A liberdade é algo necessário. Felizes dias. Enorme abraço.

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    1. Também para você! E para sua filha que começa um novo ciclo de vida. Bjs.

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    2. Pobre olhar vagabundo, o meu.
      Para que tanto coisa se as
      amarras que prendem o barco
      são feitas de laços, de fita?
      Marilene, juro por Deus, ninguém
      comenta melhor do que você. Eu
      que o diga.
      Beijos e beijos. Beijos.

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    3. Silvio, sempre escrevo o que me vem à mente, no momento do comentário. E seus contos/crônicas são formidáveis.

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  12. Lindo demais,amiga Marilene. è uma poeta das melhores!Siga_me se gostou de meu blog,amiga. E sempre comente!

    Desculpe a demora da visita e o texto copiado,mas preciso avisar a todos que estou com problemas para acessar blogs amigos,pois continuo só com o celular,visão ruim e tudo fica muito pequeno.O dinheiro para comprar um laptop está indo para remédios caríssimos para meu marido enfermo.

    Obrigada pelas visitas e volte sempre.
    Tem post novo de hoje,dia 26 de agosto.

    Beijos sabor carinho e uma noite de quarta_feira abençoada

    Donetzka

    Blog Magia de Donetzka


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  13. "Quero mansas luzes
    e gestos não solenes
    para não me engasgar
    com falsos sorrisos
    ou linguagem amorosa vil."

    Nossa! Que lindo, eu também quero um pouco disso pra mim!
    Vida leve e nada mais.
    Lembro bem do teu poetar, é maravilhoso!
    Beijinho, que bom que estás de volta, não sabes o quanto vibro!
    Até mais!

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    1. Tais, fiquei muito feliz com sua palavras. Você sabe o quanto admiro sua escrita. Quando voltei, foi uma das primeiras que procurei, como já disse ao Pedro. Muito obrigada pelo carinho. Bjs.

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  14. Mais que lindo, meu amor.
    Muito bonito mesmo, Marilene.
    Um beijo e boa noite.

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    1. Silvio, o homem das crônicas bem humoradas!!!! Obrigada!

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  15. Olá, Marilene
    Não fazia ideia de que você tinha "aberto" os comentários...
    Houve um tempo que vc não publicou; depois, publicava mas tinha os comentários fechados; e finalmente já se pode comentar... (penso que não estou errada, pois não?)
    Se eu soubesse já teria vindo mais cedo pois, se bem se lembra, eu gostava imenso (e gosto!) da sua poesia.
    Este poema é duma beleza tão suave que parece um roçar de seda ou veludo!
    E se precisamos libertar-nos dos inúmeros nós que nos prendem ...

    Já tinha muitas saudades...

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos
    MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

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    1. Mariazita, por anos fiquei longe dos blogues. Estava cansada e resolvi voltar minha atenção aos livros que me chamavam na estante rss. Com isso, fui me afastando cada vez mais e confesso que não tinha intenção de reabri-los. Esse isolamento provocado pela pandemia e o excesso de tempo livre me levaram a considerar a possibilidade e voltar. Aos poucos, estou me integrando novamente.
      Você sempre foi uma blogueira muito querida. Obrigada. Bjs.

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  16. MArilene

    sempre o seu cunho pessoal em sua poesia cheia de sensibilidade e palavras belas que nos sabem bem ler.
    como você falouem nós de marinheiro, deixo aqui este meu poema como um comentário.

    Palavras de meu pai

    O meu pai dizia sempre
    Há vários nós de marinheiros
    Uns são fáceis de fazer
    Outros nem tanto
    Mas são sempre difíceis
    De desfazer se forem bem-feitos
    Em cada nó que se faz
    Eu fecho os olhos para melhor concentração
    Em cada um que se desfaz
    Talvez não tivesse sido feito corretamente

    Em cada nó
    Um desejo
    Em cada porto
    Uma imagem de mulher

    ©Piedade Araújo Sol

    beijinhos

    :)

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  17. Que lindo, Piedade! Um comentário que me trouxe um presente. Muito obrigada! Bjs.

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  18. Belas palavras.
    Obrigado pela visita ao blog. Estarei por aqui agora.

    Bom fim de semana!

    OBS.: O JOVEM JORNALISTA está em quarentena de 22 de julho à 31 de agosto, mas comentarei nos blogs amigos nesse período. Mesmo nesse período, temos dois novos posts. Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  19. Uau!
    Inspiradíssima, mana!
    Poema maravilhoso!
    Beijão.

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  20. Brigadim!!!!!!rss. Você é suspeita para elogiar kkkkk. Bjs.

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