domingo, 25 de setembro de 2022

ESTRADAS DO MAR

                                                                         (zachia middlechild)


                                                                            

Diziam que o mar não possuía estradas...

Ficávamos ali, observando o movimento das águas
e alimentando sonhos.
Caminhávamos pelos atalhos que desenhávamos
para alcançar maiores horizontes.
Cobríamo-nos com o seu corpo
rindo dos incrédulos e das
chamadas impossibilidades

E um dia, sem mesmo saber como,
atracamos em portos diferentes,
seguros e tranquilos,
onde a maré nunca subia
com a magia assustadora
que gostávamos de abraçar

Tudo daria para voltar...
Na areia, pisoteiam hoje os nossos sonhos
que pareciam tão delineados e eternos

Quanta ingenuidade!
As mesmas estradas que criamos
formaram os labirintos
que nos separaram

                                                                         Marilene


17 comentários:

  1. UAU! Cheguei a arrepiar de tão lindo e tão intenso....Perfeita tua inspiração e pensar....Parabéns! bjs, chica, ótima semana! chica

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  2. Lena, é sempre com uma grato prazer que aqui venho com tempo para dedicar lendo o que escreves e me faz divagar, pois que cada leitor é levado pelo seu próprio caminho, quando quem escreve nos deixa essa maravilhosa hipótese.
    Do imaginário, dos sonhos, dos caminhos percorridos e outros que pensámos um dia percorrer, se faz a vida, também do que nos coloca para além do planeado e nos faz encontrar a nós mesmos no inesperado. Há o ir e o voltar, só que jamais voltamos tal e qual ao que um deixámos.

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  3. Boa noite de domingo, querida amiga Lena!
    Pelas estradas do mar, conseguimos muitos presentes de Amor.
    Se tivermos afeto e respeito por ele, teremos um grande aliado nem que seja para levar junto nossas lágrimas.
    Muito lindo e profundo. Amantes doar sagrado aprendem os atalhos da vida.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos com carinho fraterno
    😘💐🌸🌷🌻🌺💮

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  4. Também gosto deste jogo entre o real e a fantasia, entre a aparência e essência, tão bem delineado pelo eu lírico. Poema sensível que nos toca.
    Um abraço, Marilene!

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  5. Um excelente poema.
    Com um final soberbo.
    Os meus aplausos para o seu talento para a poesia.
    Boa semana, amiga Marilene.
    Um beijo.

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  6. Mar da vida, das ilusões. Lindo. Amei, Boa semana , bjsss

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  7. Quão belo era esse tempo da ingenuidade!
    Era sem dúvida, um tempo melhor...
    Excelente poema no qual aplaudo sobremodo a criatividade.
    Boa emana, querida Poeta amiga. Beijo
    ~~~~~~

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  8. Muito belo!
    Ingénuos que continumos a ser tantas vezes, que deixamos pisotear os nossos sonhos...

    Beijinhos, amiga! Boa semana!

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  9. oi, Marilene , 'é a vida' como dizem os franceses... as escolhas que fazemos seriam realmente escolhas ou quem sabe não seriam 'destino'? Um poema reflexivo sob uma questão universal que você deu toque de melancolia e de
    leveza ao mesmo tempo. Lindo poema!
    Um abraço

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  10. A própria vida é um labirinto Marilene. Por isso, desenhamos os nossos próprios caminhos, para não nos perdermos nas encruzilhadas da vida. Os caminhos do mar, são imensos...mas inseguros. O melhor, é seguir o nosso próprio instinto e confiar que chegaremos bem no final da viagem...

    Um abraço!

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  11. As estradas do mar da vida, nem sempre nos levam ao final desejado.
    Um poema sublime.
    Beijinhos

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  12. E assim, o olhar se perde pelo horizonte verde das águas azuis do mar. Se aportará algum dia, não sei, mas navegará, nem que seja soturno e solitário.
    Sonhos haverão de existir, por mais que aflorem entre uma calmaria e outra. Já a maré rebelde, que convida o corpo a flutuar entre ondas de devaneios, essa só serve para remeter aos rochedos.
    Que se saiba navegar um sentimento, para mais tarde não se perder em correntes traiçoeiras.
    Lindo poema. Abraços.

    Marcio.

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  13. "Oh mar eterno sem fundo
    Sem fim
    Oh mar de túrbidas vagas
    Oh mar!
    De ti e das bocas do mundo
    a mim
    Só me vem dores e pragas
    Oh mar!
    ..."
    Primeira estrofe de um extenso poema de Eugénio Tavares, cabo-verdiano,
    nos seu lamentos, posto que o mar delineava o horizonte da sua ilha.
    Diferentemente, o seu poema, querida Marilene, fala do seu mar, do tempo
    em que era possível fazer o traçado de estradas e caminhar por elas, nos
    seus sonhos. Sonhos desfeitos, entretanto...
    Adorei , aliás, adoro a sua escrita. E este poema mostra bem o seu
    talento.
    Beijinhos
    Olinda

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  14. Boa tarde Marilene
    Que poema tão belo e cheio de sensibilidade.
    O mar! Esse mar que inspira os Poetas e que nos faz tanto bem, nem que seja só o olhar mergulhado nessas ondas.
    Gostei demais.
    Desejo uma semana abençoada com muita saúde e harmonia.
    Um beijo
    :)

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  15. O mar te inspirou lindamente, Marilene.
    É sempre um prazer te ler.
    Tenha um abençoado dia.
    Beijinhos
    Verena.

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  16. Sentir o cheiro do mar, velejar por este mar, singrar as aguas rumo a uma estrada, que nos leve, sob a poeira da maresia, ao encontro das maravilhas da liberdade. O mar dentro do desejo de amar cada grão de areia, ouvir cada conchinha num belo sussurro as canções do pescador solitário. Lindo Lena, que nos faz inspirar e soltar palavras.
    Grato por partilhar tão belo sentimento de encantamento.
    Carinhoso abraço de toda paz amiga.

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