domingo, 7 de agosto de 2022

DESCONEXÃO

Manuel-Archain



Eu te chamei de amor
por muito tempo,
tempo que se perdeu.
Eras amor verdade
e amor saudade

Eu te chamei de amor
pelo sentimento.
Depois, pelo tempo
em que a palavra morou comigo.
Virou hábito!

Eu te chamei de amor
em dias de luz, de alegria
e também de dor,
uma dor que o tempo foi abraçando
enquanto nossos braços se distanciavam

E continuei te chamando de amor
apenas em um canto oculto da memória
que não mais guarda aquele sentir
ou qualquer outra emoção
que me faça lembrar de ti

Aliás, como era mesmo teu nome?


                   Marilene


19 comentários:

  1. Um poema excelente. Obrigada pela partilha!!
    -
    Procuro nas brechas do meu tempo

    Bom Domingo. Beijos

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  2. AP`LAUSOS e mais aplausos...
    Inspiração linda e forte e há quem nem mesmo mereça ter nome lembrado.
    Adorei!
    beijos, chica, ótima semana nova!

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  3. Boa noite de domingo, querida amiga Lena!
    "Eras amor verdade
    e amor saudade".

    Seu poema revela o que muitos e muitas sentem e fazem.
    Mas prefiro lembrar do Amor de verdade que hoje é saudade.
    Sua poesia é feito de experiência. Quem não?
    Parabéns pela sensibilidade!
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos com carinho fraterno
    😘🕊️💙💐

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  4. O amor é assim...
    O seu poema é magnífico. Gostei do final, surpreendente.
    Boa semana, amiga Marilene.
    Um beijo.

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  5. Bom dia Marilene,
    Um poema lindo e profundo!
    Por vezes amamos quem não nos merece.
    Um beijinho e uma ótima semana.
    Ailime

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  6. Gostei muito.

    Desconexão que sempre surge aqui e ali, ou mais ou menos frequentemente, nas vidas das gentes.

    Beijos.

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  7. Marilene es mi deseo invitarte al otro blog de Aula de Paz , donde en cinco partes expreso un resumen de mi labor en la sociedad , esperando sea de tú agrado , un fuerte abrazo .jr.

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  8. Como dizemos aqui no final de algo muito belo: Mas Bah !!!
    Que delícia de poema, e tudo tão verdadeiro, cheio de
    sentimentos e de mágoas onde há tantos desencontros!
    Mas assim somos nós, as vezes estamos do lado de cá, outras do lado de lá...
    Amiga, você tem a poesia nas veias, já lhe falei isso?
    Poeta que encanta! Assim saio daqui...
    Beijinho, junto de uma feliz semana!

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  9. Um perfeito poema, Mari
    esse falar carinhoso que envolve o amor é sublime e quando desgasta
    fica essa marca indelével .O ciclo da vida que nem sempre sabemos proteger
    e deixamos ir . Uma melancolia saudável.
    meu abraço querida _ e parabéns , sempre parabéns!

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  10. O hábito o grande inimigo do amor e das emoções.
    Guardamos recordações, boas e más, e lá muito
    no canto a palavra amor. Talvez lamentando os dias
    vividos e os dias perdidos.
    Belo poema, querida Marilene.
    Beijinhos
    Olinda

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  11. Boa tarde Marilene
    Palavras cheias de amor e também de mágoa.
    Quando o amor acaba... é melhor desertar.
    Gostei como finalizou o poema.
    Foto lindíssima e em sintonia.
    Tenha uma boa semana com saúde o resto vem por acréscimo.
    Um beijo
    :)

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  12. Etapas do "esquecimento", dum amor pequenino, que nem luz deixou.
    Valeu a ilusão tanto tempo sublimada.
    Um Poema encantador e surpreendente. Gostei muito.
    Obrigado pelo comentário, lá.
    Um beijo, M.

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    1. Luís, estva sentindo falta de seus versos. Tem estado ausente de seus blogues. Abraço.

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  13. Por vezes esquecer é o melhor... se for possível.
    Um abraço.

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  14. Quando chamar amor se torna uma vulgar rotina...seguramente que algo tem que ser revisto... eu acho!

    Um beijo, Marilene.

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  15. As vezes é melhor deixar, que a palavra seja apenas uma junção de letras e que assim se perca no vazio dos sentimentos frívolos.
    Bonita inspiração de um proceder preciso e gratificante.
    Abraços Lena

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  16. O amor verdadeiro e duradouro começa a correr nas veias e a caba virando um morador perpétuo, adquire uso capião e aí nem precisa de nome.
    Um abraço

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