terça-feira, 3 de novembro de 2020

SEM PERDER AS MEMÓRIAS

(Alexis Mire)
                                                                                          

                                                

                                                   Visto-me...
                                                   invisíveis se tornam
                                                   as linhas desse corpo
                                                   que o tempo desenhou,
                                                   aleatoriamente                                      

                                                   A visão exterior
                                                   camufla o que por dentro
                                                   foi mapeado em momentos
                                                   de dor e de alegria                                                  

                                                   Visto-me ...
                                                   Não temo o espelho
                                                   de outros olhos
                                                   senão daqueles
                                                   aos quais nada se esconde,
                                                   e que tudo respondem
                                                   à alma inquieta e questionadora:
                                                   os meus

                                                   Realidade íntima
                                                   coberta para proteção
                                                   e cuidadosamente selada

                                                   Visto-me ...
                                                   E como me pede a vida,
                                                   oculto a alma
                                                   ergo a cabeça
                                                   e retomo a caminhada

                                                                        Marilene



51 comentários:

  1. A visão exterior, camufla o interior...Mas de cabeça erguida, segues! LINDO! Adorei! beijos, chica

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    1. A maioria das pessoas só se ocupa com o que os olhos mostram. Assim, podemos caminhar sem mostrar o dentro. Obrigada, querida! Bjs.

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    2. O exterior (vitrine) tem uma porta
      de entrada, mas só no interior, longe
      dos olhos do mundo, se guarda as
      preciosidades. Para buscá-la é preciso
      olhar primeiro a vitrine, pois sem
      uma boa manchete não se vende jornal.
      Um beijo, Marilene. Amo sua poesia.

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  2. Muito belo!
    Nada temer de se ser como se é. Não importam os olhos que caiam sobre nós, e aprovem ou desaprovem a imagem que vêem, pois a realidade nós é que a conhecemos.

    Beijos.

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    1. Só nós sabemos o que cobrem os véus que usamos. Obrigada, Fá!! Bjs.

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  3. Boa tardinha de paz, querida amiga Lena!
    Memórias que todas temos, mas que nos impulsionam ao melhor de nós pela sabedoria do que na vivemos...
    Esvoaçante poema que acalma a alma inquieta.
    Muito lindo, querida poetisa humilde.
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno

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    1. As vivências, incorporamos. E são invisíveis a um simples olhar. Obrigada pelo carinho de sempre. Bjs.

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  4. Imagem lindíssima. Poema elaborado numa dança de palavras brilhante. A conjugação poética perfeita. Lindo demais.

    Cumprimentos

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    1. Muito obrigada, meu amigo, pela presença e comentário. Abraço.

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  5. Um jogo, uma dança de palavras que nos leva a seguir pela sua mão até muito longe.adoro sentir me assim qjando leio algo.
    Gostei

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    1. Fico honrada com suas palavras. Muito obrigada, poeta. Abraço.

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    2. Mais uma vez digo. Sinto me honrado de ler o que por aqui se escreve
      😊

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  6. As vestes podem ser de última moda e o agasalhado é sempre o mais recente, o tempo é que não perdoa na sua ação erosiva.
    Abraço.
    Juvenal Nunes

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    1. Quando se está destroçado por dentro, o que menos importa são os estragos do tempo, que não perdoam, realmente. Abraço.

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  7. Mas é lindo esse manto com que deixa adivinhar esse despir de alma , tão deliciosamente vestida com os mais finos brocados de palavras que nem o tempo destruirá .
    E como gostei da realidade com que se veste!
    Maravilhoso, Marilene
    Beijinho 🌷

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    1. Manuela, querida, suas palavras são sempre encantadoras. É um vestir de alma, sim, indispensável quando precisamos seguir. Muitíssimo obrigada. Bjs.

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  8. Tão belo quanto verdadeiro... são os nosso "olhos" que mais importam nos "julgamentos".

    Gostei muito do poema, votos de boa inspiração

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    1. Sim, João. Apenas nós podemos nos avaliar com precisão. Muito obrigada por sua presença e comentário.

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  9. A ALMA SE VESTE DE UMA INSPIRAÇÃO SUBLIME! Seu poema traz uma extrema beleza, Marilene. Boa noite. Grande beijo.

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    1. Sou-lhe imensamente grata pelo comentário, Beto. Grande abraço.

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  10. Oi, Marilene... é assim mesmo e é sempre necessária muita coragem para nos encararmos por dentro ou por fora e muita vezes utilizamos o autoengano.
    Por fora sempre se pode dar uma amenizada, usar a persona social... com relação as razões íntimas do nosso ser é preciso denodo para carregá-las e sermos um pouco mais caridosos conosco por sermos almas crianças em formação.
    Um abraço e obrigada por nos fazer refletir.

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    1. Uma análise cheia de verdade, Guaraciaba. O fora pode ser coberto, lindamente, e até enganar. O dentro, por vezes, necessita de aceitação, de perdão. Obrigada. Bjs.

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  11. Hermoso poema, mostrar el ser interior como es sin miedos .
    Un abrazo amiga

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  12. mas que foto linda que acompanha muito bem este lindo poema que esta muito bonito bjs

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  13. Olá, Marilene

    Vestidos com a nossa verdade, com o que a vida nos presenteou.
    No nosso íntimo sabemos avaliar o que de bom e de mau caldeou
    a nossa maneira de ser. Quanto ao mais, apenas ruído.
    Poema belo. Adorei.
    Beijos
    Olinda

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    1. Ruídos que o tempo nos ensina a ignorar. Muito obrigada, Olinda. Bjs.

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  14. Olá, Marilene, belíssimo poema cheio de verdades e muita maturidade. Sim, essa visão só se tem com o amadurecimento, quando vamos tendo a noção de que certas "baixas" (rss) são naturais, e de que a vida tem muitas coisas importantes para nos oferecer e para vivermos. São as fases que temos de passar e com cabeça erguida, pois os mais lindos valores são aqueles que não ficam tão expostos.
    Beijo, querida!
    Adorei.

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    1. Tais, prezamos os valores, o que é de grande valia. De fato, a maturidade nos mostra a necessidade da autenticidade. Muito obrigada, querida! Bjs.

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  15. Boa noite querida Marilene,
    Poema de rara beleza, um desnudamento da alma em versos perfeitos, realmente é preciso coragem para uma introspecção desse nível. Soberba inspiração.

    Votos de feliz e abençoada noite.

    Bjss
    çã;

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    1. Oi, Diná, nós sabemos o que há em nossas bagagens. E não vejo necessidade de sigilo quanto a elas rss. Muitíssimo obrigada! Bjs.

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  16. Marilene
    Passei para reler o poema, pois já o tinha lido e comentado. Não sei mas acho que ando a comentar em blogues e que nao sei a razao os coment não ficam.
    Este momento é real cheio de sensibilidade e quase um confissão de alma.
    Você continua a escrever muito bem poesia, e olhe que as fotos também tem queda, pela que eu tenho apreciado.
    Bom fim de semana.
    Beijinhos
    :)

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    1. Piedade, tenho tido dificuldade para comentar em alguns blogues. Quando clico em publicar, minhas palavras somem. Aí, saio para voltar depois e tentar novamente. Não entendo o que ocorre. Você foi muito gentil, querida. E me deixou feliz. Muitíssimo obrigada. Bjs.

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  17. silvioafonso deixou um novo comentário sobre a sua postagem "SEM PERDER AS MEMÓRIAS":

    O exterior (vitrine) tem uma porta
    de entrada, mas só no interior, longe
    dos olhos do mundo, se guarda as
    preciosidades. Para buscá-la é preciso
    olhar primeiro a vitrine, pois sem
    uma boa manchete não se vende jornal.
    Um beijo, Marilene. Amo sua poesia.

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    1. Não sei porque seu comentário não entrou aqui, diretamente. Só o percebi no e-mail que o blog envia. De fato, nosso primeiro olhar vai para o exterior. Mas costuma ser enganoso rss. Muito obrigada, Silvio. Abraço.

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  18. Vestida, sempre segura
    Da mira de olhos devassos,
    A Alma fica mais pura
    Na sedução dos abraços.



    Magnífico o teu Poema.
    Parabéns, Marilene.


    Beijo
    SOL

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    1. Que belos versos me ofereceu em seu comentário! Muito obrigada, meu amigo, pelo carinho. Bjs.

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  19. O seu poema é sublime.
    Aparentemente simples, ele encerra uma interessante visão da vida e da sua memória.
    Os meus aplausos pela sua criatividade poética.
    Bom fim de semana, querida amiga Marilene.
    Beijo.

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    1. Meu gentil e talentoso poeta, muitíssimo obrigada por suas palavras. Bjs.

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  20. Marilene, muito belo o teu poema!
    Seguir na vida e enfrentar de cabeça levantada todas as agruras, com coragem e determinação é uma demonstração clara de confiança e vontade de vencer!
    Gostei muito!
    Um bom fim de semana.
    Um abraço!

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    1. Não podemos nos deixar abater pelas quedas. Temos que se seguir, ainda que com passos lentos e com novas vestes. Muito obrigada, meu amigo. Abraço.

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  21. Lindo, apesar de tudo seguir de cabeça erguida com a persistência dos desejos a se realizar. Bom final de semana. Indentifico - me com esta poesia. bjs

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    1. Temos que seguir, temos que renovar sonhos, temos que persistir... Muito obrigada, Norma. Bjs.

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  22. Por aqui, além de selar algo íntimo, o ato de vestir é protetor,
    indispensável à manutenção da saúde e da vida... Srrssss...

    Gosto de a ler e o poema está lindíssimo.
    Dias bons e amenos. Bjs
    ~~~~~~~

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    1. Vestir é como cobrir a dor, fundamental para se seguir em frente. Muito obrigada pelo constante carinho. Bjs.

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