Seduza-me, vida minha,
como outrora o fizeste,
despudoradamente.
Mostra-me caminhos
que me chamem
a por eles passar,
sem me preocupar com a dor
Seduza-me, vida minha,
como sabes tão bem fazer.
Sacuda-me, sacuda-me,
para que me possa livrar
dos espinhos,
ora arraigados ao meu ser
Seduza-me, vida minha,
outra vez mais,
pintando alegrias
em meus amanheceres e
devolvendo-me o prazer
de ignorar as interrogações
Seduza-me, seduza-me!
Afasta de mim o incômodo silêncio
dos dias vazios,
a sensação de apenas ser
um fantasma
a percorrer conhecidos espaços,
ou uma estátua que colocaram no sofá,
em abandono
Marilene
Querida Marilene, me deu um nó agora, é assim que muitos brasileiros e outros povos estão se sentindo, o que você diz nesse belo poema, essa angústia, está em mim também, não sabemos mais o que fazer, o que pensar. Parece brincadeira, mas quando pensamos que tudo vai correr melhor, lá vem uma bomba; saímos dela, meio capengas, e lá vem outra maior! Também estou cansada, amiga, mas aguentarei, não temos escolha. Esse poema serve para muitas dores! Li e fiquei meio parada, olhando, mastigando cada palavra. E que obra, heim?? Maravilhosa!
ResponderExcluirAplausos sempre pra você!
Beijo, cuide-se...
Tais, querida, a angústia permeia nossos dias. Ora nos esquecemos dela, porque a vida assim o exige, mas ela insiste em voltar. Nossos sonhos estão presos e sentimos uma grande necessidade de os libertar. Você é um encanto, como já lhe disse antes. E me deixa feliz e estimulada com seus comentários. Obrigada. Bjs.
ExcluirA linda forma enleante da sua escrita empresta um look misterioso e sedutor ao poema.
ResponderExcluirGostei
😊
Propositadamente, nada mencionei de concreto, além da angústia e da falta de sedução que a vida ora insiste em manter. Obrigada, poeta.
ExcluirBoa noite querida Marilene,
ResponderExcluirSeu poema diz com todas as letras e de forma elegante e poética a angústia da nossa vulnerabilidade que ora vivemos.Receba meus aplausos para os soberbos versos...Sacuda-me!!!
Bjss!
Essa vulnerabilidade ficou totalmente exposta, Diná. E ficamos sem saber como preencher as lacunas de cada dia. Obrigada, querida. Bjs.
ExcluirBoa noite, Marilene.
ResponderExcluirA elegância da tua escrita instiga-nos a continuar a ler, refletir e sentir cada poema teu.
Bela descoberta para mim!
Abraço!
Alexandre, é uma honra para mim receber sua visita. Sei que advogados ficam, quase sempre, presos à linguagem técnica e às questões práticas que envolvem disputas. A poesia sempre foi minha válvula de escape rss. Muitíssimo obrigada pela gentileza. Aliás, ela mora em sua família. Abraço.
ExcluirTu és demais,Marilene! Todos estamos assim e tenho a sensação de medo que ao sair lá fora novamente, não sinta a alegria de antes e sim medo... Uma angustia bem explicável, creio! Lindo te ler! bjs, chica
ResponderExcluirChica, o lá fora tem, hoje, um revestimento que nos causa medo, realmente. Creio que não conseguiremos mais percorrer, livres e soltos, nossos caminhos. Espero estar errada, já que tudo passa. Grande beijo, minha amiga!
ExcluirEsta também é minha dor.
ResponderExcluirAté quando esta angústia e este não saber continuará entre nós?
Lindo seu poema cara amiga e grata por sua doce visita, beijinhos.
Muito obrigada, Francisco. Abraço para você e Idalina.
ResponderExcluirTeresa, tenho ido lá e percebo que não está tão presente, quanto antes, em sua casa adorável. Muitos têm-se afastado desse nosso mundo especial.
ResponderExcluirObrigada pelo carinho de suas palavras. Bjs.
…e todos os medos se instalaram
ResponderExcluirroubando os dias livres dos abraços…
gostei muito deste seu poema, onde
senti essa angústia dos tempos.
p.s. - se for possível, gostava de saber
se a Marilene e' a mesma dos tempos do google+ e da amiga Eliana Martins (SP).
Um beijo amigo
Luís, sou da época do google+ e sua seguidora há muito tempo. Fiquei ausente por alguns anos rss. Agora, retornando, tenho visitado os antigos amigos e percebo que alguns já nem se lembram de mim, como não me recordo da Eliana Costumava memorizar os blogues pelo nome deles. O o meu era Momentos Fragmentados, atualmente fechado.
ExcluirEsses contatos,ora de nós roubados, nos causam dor. Abraço.
Temos de fazer para sermos sempre seduzidos pela vida, se ela teimar em não nos seduzir sejamos nós a seduzi-la.
ResponderExcluir:)
Na lentidão dos dias que ora vivemos, ficamos longe da sedução rss. Bjs.
ExcluirBoa noite de muita paz, querida amiga Marilene!
ResponderExcluirSaio por aqui num horário que quase não tem pessoas e se não e o medo do bicho...
E onde vir alguns delinquentes.
Fico tão atenta ao arredor...
Estamos perseguidos pela angústia, amiga, de muitas formas
Seu poema está belíssimo em todos os sentidos.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
Tudo pede cuidado, Roselia. Se antes ele já era necessário, agora então!!! Bjs.
ExcluirOlá, querida amiga poetisa.
ResponderExcluirAs vezes que é justamente nos momentos de angústia, que saem lindos versos. No entanto, vamos ficar no jogo de sedução com a vida, e tudo de bom que ela pode nos oferecer, não é verdade ? Desde já, parabenizo pela sua poesia, e todo conteúdo de blog. Já sou um seguidor desse lindo espaço viu ?
Abraços querida,
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/
Esse é um jogo do qual não devemos nos esquivar. Muitíssimo obrigada pela gentileza de suas palavras. Seu espaço é encantador, poeta.
ExcluirMuito obrigada pela visita.
ResponderExcluirE quem não gosta de ser seduzido...?
ResponderExcluirMagnífico poema, gostei muito.
Bom fim de semana querida amiga Marilene.
Beijo.
A sedução pode ser magnífica. Obrigada, poeta! Bjs.
ExcluirOlá Marilene!
ResponderExcluirLindo o teu poema! Viver é muito mais que existir! Não basta existir, é preciso viver! Temos de desfrutar tudo quanto a vida tem para nos dar, sem hesitações!
Deixar que a vida nos seduza. Sempre!...
Um bom fim de semana!
Abraços!
A.S.
A vida é movimento e precisamos que dance conosco. Obrigada! Abraço.
ExcluirPreencher a vida, dar-lhe sentido e substância, eis o constante desafio.
ResponderExcluirBem formulado!
Abraço
Um real desafio, principalmente quando ela nos faz parar e nos limita os movimentos. Abraço.
ExcluirPungente clamor percorre os versos, as veias, a alma flamejante da poetisa...atenda,ó vida, faz também meu, este clamor!
ResponderExcluirPalavras totalmente oportunas e poéticas, Mari.
Bjsss,
Calu
Calu, querida, estamos todos a pedir que ela nos seduza novamente. Que isso não demore. Bjs.
ExcluirPor vezes, a vida enche-se de silêncios e deve seduzir-nos sempre... Para que haja alegria...
ResponderExcluirObrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Estou sentindo falta dessa sedução rss. Bjs.
ExcluirUma súplica de retorno a Amores que marcaram a Alma. O silêncio, muitas vezes, torna-se uma espécie de espinho e... dói.
ResponderExcluirPoema magnífico. Parabéns.
Beijo
SOL
Quando nossos anseios parecem-nos irrealizáveis, buscamos a razão da angústia. Hoje, sei o que a causa. Bjs.
ExcluirAmiga Marilene
ResponderExcluirum poema que é um éspecie de oração feita à vida que nos trouxe tempos bons e harmoniosos e que agora só traz, medo e silencios neste tempo estranho e desorientado,
um poema muito actual e que coloca o dedo na ferida deste virus que não nos quer deixar e que gosta de calor e frio.
resta-nos a esperança...
bom fim de semana
beijinhos
:)
Estamos todos envolvidos nesse tempo nebuloso, aguardando o sol. Lindo final de semana também para você. Bjs.
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