(Carmen Velcic ) |
Quebraram-se os versos ...
Em sílabas dispersas
caíram as rimas
banhadas de dor
banhadas de dor
Desmoronou-se o poema
diante do desamor
provocado por palavras
provocado por palavras
que não lhe deram ao corpo
o tom adequado à harmonia
e ao antigo calor
e ao antigo calor
De nada adiantava
culpar o sentir ...
Mentir poderia ser parte da arte
mas desafinou o poeta
em sua construção
em sua construção
e a teia invisível de seus alfinetes
começou a ferir ...
começou a ferir ...
Tornou-se impreciso
e a boca do vento
não lhe deu perdão.
Engoliu as estrelas
que antes por ele dançavam
em outro coração
que antes por ele dançavam
em outro coração
Quebraram-se os versos...
As letras restantes
dançando ao relento
nem mais dela o nome
conseguiam formar.
Pensara o poeta
em seu desatino
que com as palavras
podia brincar,
impunemente
Mas se revoltaram,
queriam o amor festejar,
e ele, indeciso,
cobriu todas elas
com suas mazelas,
usando outras tantas
para fingir sonhar
Mas se revoltaram,
queriam o amor festejar,
e ele, indeciso,
cobriu todas elas
com suas mazelas,
usando outras tantas
para fingir sonhar
Marilene
APLAUSOS e mais aplausos! Cheguei a arrepiar de tão lindo, intenso... Imaginar os versos partidos, palavras que nem mais se formam por causa do desamor...Lindo demais,Marilene! Tão lindo, nem sei comentar, mas sei sentir... beijos, ótima semana! chica
ResponderExcluirJoaninha querida, como é bom receber palavras como as suas! Encheu-me de alegria. Bjs.
ExcluirAplausos, concordo.
ResponderExcluirBonito momento de inspiração. Com referências ao amor e à sua teia de envolvencia na nossa vida
Com ele vivenciamos alegrias, certamente. Mas essas teias nem sempre nos deixam permanecer no mesmo caminho. Está certíssimo, poeta. Sou muito grata pelo comentário.
ExcluirBoa noite de nova semana, querida amiga Marilene!
ResponderExcluirSenti as lágrimas do poema partido na cor rubra de sangue ...lastimosa,
profundamente sofrida...
Dor dilacerante que quebra versos e detona o Amor puro.
Que poesia diferente de tudo que já li.
Parabéns!
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Roselia, meu poema estava guardado desde a época em que era ativa nos blogues. Eu não gostava dele rss. Fiz um passeio pelos meus rascunhos e resolvi publicá-lo. Há dores que tudo quebram, principalmente quando falamos de amor. Bjs.
ExcluirObrigada, amiga. Bjm
ExcluirAh, que esta menina esta voando alto magnificamente.
ResponderExcluirQue inspiração mais acelerada e profunda no seio da criação.
No exato momento que se instala o breu e fica no ar a incompletude
dos poemas da palavras chaves, esquecidas num canto da memoria.
Lindo Marilene, show de construção.
Uma daquelas que Deus pões suas mãos sobre a do poeta e temos esta arte.
Abraços com carinho mineiro de flor.
Uma semana linda para você.
Poetamigo, estou voando mas é de alegria pelo seu comentário. Muito, muito obrigada, pois me deixou estimulada e feliz. Também lhe desejo uma semana de paz e de alegrias. Abraço.
ResponderExcluirOlá Marilene!
ResponderExcluirQue dor doída em meu coração.
Quanto sofrimento e tristeza profunda num majestoso poema que arrepiou a alma!
Beijinhos no coração e grata por sua visita.
Muito obrigada, Teresa. Para você, que sempre canta o amor, não há espaço para a dor em seus poemas. Bjs.
ExcluirOlá Marilene querida
ResponderExcluirLindo poema, ainda bem que o seu rascunho estava bem guardadinho, assim hoje você pôde compartilhar com a gente essa maravilha.
Beijos
Ani
Ani, é estranho quando lemos nossos escritos guardados rss. Mudamos com o tempo e os analisamos com outra visão. Obrigada, amiga! Bjs.
ExcluirMarilene,
ResponderExcluirA construção de um poema é um permanente conflito com as palavras. No final, as palavras acabam sempre por vencer o poeta!
Abraços!
A.S.
Elas nos guiam, poeta. E nem sempre têm a luz que desejávamos. Abraço.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirOs rascunhos são para guardar.
O que parece uma coisa, amanhã é outra.
bjs!
É verdade. Abraço.
ResponderExcluirEste seu poema é magnífico.
ResponderExcluirMuito bem estruturado e com princípio, meio e fim.
Os meus aplausos.
Continuação de boa semana, querida amiga Marilene.
Beijo.
Jaime, é tão precioso e incentivador seu comentário! Você é um grande poeta e admiro muito seus escritos. Bjs.
ExcluirSenti o pesar da poesia. Contudo ela é belíssima.
ResponderExcluirBom fim de semana!
OBS.: O blog está de volta com novos posts. Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Agradeço e fico feliz com suas palavras. Já estive lá rss.
ExcluirVersos que se parten de dolor como también el corazón.
ResponderExcluirPreciosos versos, Marilene.
Besos.
Muito obrigada, María!
ExcluirO que mais pesa na Poesia é o seu sentido interior, muitas vezes desvalorizado e superficializado. Aqui, ela desvenda verdades que á Poetisa lhe são muito caros.
ResponderExcluirAmei.
Beijo
SOL
Meu amigo, muitíssimo obrigada.
ExcluirMarilene
ResponderExcluirUm poema muito bem construído e com o seu cunho pessoal.
Cheio de sentires e coerência com as palavras.
Gostei bastante.
Bom fim de semana.
Beijinhos
:)
Piedade, artista das palavras e das fotos, que sempre admiro, obrigada. Bjs.
ExcluirQue poema é esse, mana?
ResponderExcluirSimplesmente maravilhoso e de uma intensidade gigante!
Resta-me aplaudir!
Também linda a imagem!
Beijão.
Que delícia vê-la aqui!!!!Muitíssimo obrigada! Bjs.
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