( Photography by Cristina Viscu) |
E o vento chegou com força,
dedilhando a natureza
com sua enganadora
melodia
Pintou de cinza o céu
para esconder
as cores da alegria
Fez com que as aves voassem,
apressadamente,
a copiá-lo...
que os animais fugissem,
sem destino,
seguindo seu exemplo...
que os fracos galhos dançassem,
enlouquecidos,
ansiando por descanso
E como veio, se foi,
satisfeito,
sem se importar com os estragos
e com as lágrimas
Não guarde os cacos
nem as recordações
e sequer faça delas prisão.
Quando a paixão
outra vez se aproximar
outra vez se aproximar
já terá aprendido que, como
tudo o mais,
é vestida de efemeridade
Os lençóis de cetim
também se rasgam
e sobre a cama ficam apenas
as lembranças
de um encontro devastador...
Até o perfume se exaure,
por completo,
por completo,
quando as portas são fechadas
depois que a fogueira apagou
Marilene
Belíssimo poema, Marilene. Vc realmente domina as palavras com rara competência. O resultado são essas poesias tão bonitas e profundas. Bjs
ResponderExcluir...E como o cetim viaja com o belíssimo brilho. Segue a melodia rumo ao Céu. Uma encantadora viagem. Parabéns querida amiga!
ResponderExcluir(obrigado pelo carinho deixado em minha página!)
um poema completo, com estrofes lindíssimas e que nos faz ler poesia em puro estado de reflexão.
ResponderExcluirgostei muito.
um beijo
:)
Adoro sempre teus poemas, mas nesse conseguiste te superar! Aplausos, parabéns! PERFEITO! bjs, tudo de bom,chica
ResponderExcluirÉ preciso superar os estragos que o sentimento acarreta consigo. Amei de amar, Marilene.
ResponderExcluirBeijo e bom dia*
A paixão é efémera; chega de repente, cheia de força, tudo arrasando, e despede-se (quando se despede) de repente e como se nada tivesse acontecido.
ResponderExcluirQuando a fogueira se extingue e só ficam cinzas, só nos resta varrê-las.
Soberbo poema, Marilene!
Bom fim de semana.
xx
A+i é que é pior!
ResponderExcluirQuando as fogueiras se apagam!...
Beijihos!
Maravilhoso poema!! Que os ventos levem as cinzas e com sua força volte a reascender novas chamas. bjs. Lindo!!!
ResponderExcluirMarilene
ResponderExcluirOs ventos podem parecer maléficos, mas também são fecundos, pois são eles a fazer voar o pólen que fecunda a natureza. De resto, o poema se visto como metáfora, é bonito e belo.
Bjs
Maravilhoso. O vento do desapego. bjs
ResponderExcluirPrecisamos sempre de aprender (ou reaprender) que tudo é efémero.
ResponderExcluirPorque isso custa mesmo muito a aprender.
Excelente poema, gostei imenso.
Bom resto de domingo e boa semana, querida amiga Marilene.
Beijo.
ResponderExcluirOlá mana,
Poema belíssimo, retratando a força destruidora da paixão, este sentimento avassalador e tão efêmero quando não temperado com o amor.
Perfeita analogia com o vento forte, que chega destruindo tudo, deixando os sinais de sua passagem violenta.
Paixões desavisadas também trazem ensinamento e maturidade através do desencanto que deixam. Quando passam, assim como o vendaval que perturba a natureza, impõe-se a reconstrução, sem mágoas, ciente de que o que é efêmero nada constrói. Já nasce perecível.
Você tem construído belas expressões poéticas. Neste poema, destaco o 'dedilhar da natureza' pelo vento. Gostei muito. Parabéns!
Beijo.
Olá Marilene, poema lindo que amei demais. É mesmo assim...tudo acaba. Beijos com carinho
ResponderExcluirPaixão avassaladora descrita com maestria neste seu poema , Marilene . Obrigada pela partilha . Beijos e boa semana .
ResponderExcluirOlá Marilene.
ResponderExcluirGostei do seu “Quando só restam cinzas”, um belo poema,, que comporta mais de uma interpretação, como acontece com todos os bons poemas. Muito bom. Parabéns.
Abraços.
Esse paradoxo que você fez ficou simplesmente maravilhoso, é exatamente assim a paixão.
ResponderExcluirParabéns querida Marilene, beijinhos no coração e linda semana.
São de cetim as palavras deste magnífico poema...
ResponderExcluirUm beijo.
Fantástico este poema, Mari. Não é fácil decifrar, mas aí é que está a essência.
ResponderExcluirBeijinho
após...
ResponderExcluiro que resta...
saudade
e a poesia
a poesia que nos leva até ao pré...
num ciclo da vida
poesia
Querida Marilene,
ResponderExcluirEste seu belo Poema descreve a paixão que não amadurece no amor.
A paixão é um processo avassalador que arrebata numa loucura
prazerosa, mas sem o tempo numa construção amorosa, fica como
um registro de rastro e desastre mesmo.
A sua profundidade poética é pincelada com esta bela sensibilidade
que você tem e como eu aprecio, Poetisa inspirada!!
Beijos.
lindissimo! abraco e linda semana.
ResponderExcluirBelo, sim, Marilene. Quando a porta se fecha e os lençóis se rasgam, resta-nos apenas compartilhar com a solidão as intensas lembranças! Boa semana, amiga.
ResponderExcluirOlá,Marilene, tarde!
ResponderExcluirprimeiro :sorry, não apareceu essa atualização no meu Painel ou foi falha minha ;segundo: lindíssima imagem e belo poema/reflexão;
...o fogo da paixão é muito bom, mas, como todo bom fogo, apaga; e tentar disfarçar e levar adiante , só faz se magoar,melhor deixá-lo ir , da forma que surgiu e se deixou lágrimas,lençóis rasgados,deixou um grande aprendizado, uma lição para que não se repita novamente, quando uma nova paixão se aproximar. E, principalmente, que nada é o fim, o vento vira brisa para tocar o som do verdadeiro amor que vem...
Obrigado pelo carinho de sempre ,belos dias, beijos!
Analogia perfeita para um Amor de rompante, a deixar rasto de alguma displicência.
ResponderExcluirPoema precioso, Marilene.
Beijo
SOL
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa noite Marilene,
ResponderExcluirPoema lindo e intenso...
Os cacos de uma paixão,
não é uma boa ideia guardar,
mas as recordações,
serão eternas, e
de fato é inútil
aprisioná-las.
Bjs!
"... Mas é essa mesma paixão que dá graça a vida. Como um vendaval chega levantando a poeira acumulada dos dias, trazendo novo frescor, renovando o ar abafado, sufocante, irrespirável. Sacudindo o que estava parado, umedecido, renovando, dando novo animo a vida. Se assemelhando a uma estrela cadente riscando o céu, pejado de nuvens. É uma demão de cal, verniz, na contramão das coisas solenes, estabelecidas, definitivas, previsíveis, acabadas, dos rituais e regras estabelecidas.
ResponderExcluirVim para conhecer e gostei! Vou seguir para não perder de vista :)
ResponderExcluirBeijo.
Nita
Oi Marilene,
ResponderExcluirTem um Prêmio pra você lá no http://suaveenatural.blogspot.com.br/
Passo aqui depois pra comentar a postagem. Um grande abraço.
Quando o fogo apaga, resta-nos varrer as cinzas e partirmos em busca de lenha para fomentar o fogo de uma nova paixão. Lindo poema Marilene.
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelo gentil comentário deixado no nosso Arte & Emoções.
Abraços,
Furtado.
Um belo poema e não há duvidas de que a paixão é efémera.
ResponderExcluirUm abraço e uma boa Quinta-Feira.
Assim é a força da paixão amiga Marilene.
ResponderExcluirVem com a força da tempestade, levando tudo à frente para no final só restar as lembranças e os cacos que nos feriram.
Muito belo e intenso essa seu poema.
Um beijinho com carinho
Fê
Rasgou o cetim da inspiração com intensidade escandalosamente bela.
ResponderExcluirCadinho RoCo
São belas as lembranças que reconstroem o desejo de amar.
ResponderExcluirNada mais lindo que ver as palavras escorregarem pelo cetim,
que adorna a leveza das recordações.
Aplausos amiga nesta maravilhosa inspiração.
Bjs de paz e luz.
Parabéns pela criação poética sobre os efeitos da devastação que um algo (aqui partindo do vento) que chega avassalador e se vai, indiferente aos estragos que provocou. Acontece com as paixões mas também com o amor. Por isso, devia-se treinar a mente para esta realidade. Não é fácil mas, mos como se diz, chorar sobre o leite derramado, só nos acarreta um estado doentio.
ResponderExcluirBJO, Marilene :)
ResponderExcluirشركة تنظيف سجاد بالجبيل
شركة تنظيف بالجبيل
شركة المثالية لمكافحة الحشرات بالدمام
شركة المثالية لمكافحة الحشرات بالخبر
شركة المثالية لمكافحة الحشرات بالظهران
شركة المثالية لمكافحة الحشرات بالقطيف