Há pedaços de mim
espalhados por tantos caminhos...
em alguns, nunca estive,
mas alguém os levou
sem pedir anuência
Há pedaços de outros
ao meu corpo agarrados.
Também não os pedi,
mas ficaram,
porque deles gostei
porque os abracei
porque me transformaram
Essas portas abertas
que se nos apresentam
são convites,
como os que ofertamos
com as que não fechamos
Em algumas entramos
e ao sair já não somos
os mesmos,
há um novo entalhe
há um novo entalhe
na escultura da alma
produzido em silêncio
e sem o uso das mãos
produzido em silêncio
e sem o uso das mãos
Marilene
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
ResponderExcluirE assim vamos sendo esculpidos, pelas pessoas, pelo tempo, pelas circunstancias... lindo o que vc escreveu Marilene...
Beijos...
Que arte a tua de fazer poemas tão lindos, tão verdadeiros e que sempre nos fazem refletir... Lindo demais ! Realmente, somos , deixamos voar, permitimos ou não, abraçamos, largamos... Sempre algum pedacinho solto no ar...Tudo que por nós passa nos deixa uma marca... Adorei! bjs, chica ( obrigadão pelos carinhos todos!)
ResponderExcluirMaravilha, Marilene! Esses pedaços que deixamos ou que nos tiram formam o outro (s) eu (s). Amei*
ResponderExcluirBeijo*
L'association du texte poétique et de son illustration par l'image est parfaitement réussie. Félicitations. Belle fin de semaine , chère Marilène.
ResponderExcluirRoger
belo "respiro da palavra", este poema.
ResponderExcluirgostei de ler...
Poderá haver no encontro com os outros uma indiferença, um alheamento, ou pelo contrário, um cruzamento de dádivas que moldam as almas, esculturas sempre inacabadas. Por isso quem nos deixa, leva consigo um pedaço de nós, e nós temos dos outros grandes ou pequenos pedaços que ajudam à nossa escultura permanente.
ResponderExcluirPoema muito bem esculpido, e muito bela e muito em harmonia a pintura.
Bom fim de semana, Marilene.
xx
Boa tarde Marilene :)
ResponderExcluirSomos modificados pela convivência e
presença do outro,
e certamente tocamos muitas vidas também.
Estamos sempre sendo esculpidos,
e isso dura uma vida toda...
Muito bonita a poesia.
Beijos!
belo momento de poesia.
ResponderExcluirum poema que é um respirar vida e inspiração da sua autora.
muito belo
beijo
:)
Poema magnífico, as nossas escaladas por dentro,
ResponderExcluiremoções que ficam, que arranham e que fogem na
escultura das nossas almas, regidas pela música
do nosso silêncio maior, que somos nós mesmos!...
Totalmente identificada com o teu sentir poético,
irmãs neste mergulho de alma.
Adorei!!
Beijo, querida.
Marilene,
ResponderExcluirMuito bom o seu poema, muito inspirado e com belas imagens.
Parabéns, minha amiga.
Abraços,
Pedro.
Muito bonito!!! De muita sensibilidade. Esculpimos com a alma, com sentimentos, com afetos. Da mesma maneira destruímos em minutos o que muitas vezes levamos anos esculpindo com carinho. Mas basta uma pitada de rispidez e a coisa desanda. Somos seres complexos, difícil de entender...
ResponderExcluirBeijos, querida.
Boa noite!
ResponderExcluirEstou em maré de homenagem a grandes poetas:
Agora eé so Leonel Neves... que era meu primo!
Bjsss!
Marli,
ResponderExcluirParabéns pelo poema, é fantástico!
Amei!
Beijinho
Muito verdadeiro..,
ResponderExcluirBjbj Lisette.
Bem assim... no dia a dia vamos nos esculpindo, nos moldando, nos refazendo. Nem sei se isso é bom ou ruim, talvez mais pra bom do que ruim, afinal, mostra que estamos nos movendo, estamos vivos. Parabéns!
ResponderExcluirOI MARILENE!
ResponderExcluirQUE COISA LINDA, ASSIM É, ASSIM COMO QUEM PASSA POR NOSSAS VIDAS LEVA PEDAÇOS DE NÓS, TAMBÉM DE OUTROS NOS FORMAMOS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Maravilhoso poema, fica sempre em nós, um pouco de quem por nós passa.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
Há portas que nos transformam.
ResponderExcluirExcelente poema, gostei imenso de cada verso.
Bom domingo, querida amiga Marilene.
Beijo.
Pedaços de nós. Pedaços dos outros. Pelos caminhos. Esculturas da alma. Muito belo, o poema.
ResponderExcluirBeijo.
Muito bonito Marilene, com seu poetizar sempre elegante e de rara beleza.
ResponderExcluirArquitetados somos não sólidos e com algumas brechas e por elas absorvemos tantas emoções que as vezes nos complementam, outras nos sugam. E assim vamos nos esculpindo e as vezes forjando para os mais vários sentimentos.
Uma beleza de inspiração.
Carinhoso abraço e bom domingo para uma semana maravilhosa.
Bjs de paz amiga.
tão bonito o poema, um beijinho grande para ti
ResponderExcluircontinua
http://the3oclock.blogspot.pt/2016/04/365-days-project.html
O tempo nos esculpe, através das experiências vividas.
ResponderExcluirO que nos torna diferente é a forma como cada uma delas nos marca.
A palavra, o gesto, o olhar...ferramentas que as quais esculpimos, a nós e ao outro, diariamente.
Lindo poema,
um abraço,
Sônia
Olá, Marilene... nossa alma é esculpida através de infinitos erros e acertos , muita persistência ,convivência e relacionamentos, sem o uso das mãos... Isso nos infere que o "nosso eu" não brota, não surge... não nascemos feitos, somos moldados pelo tempo , tempo que toma conta, tempo que passamos a perceber o todo ; tempo em que deixamos marcas e pedaços ou deixaram nos marcas e pedaços ,tempo em que muitas lacunas foram abertas e fechadas dentro de si...adorei!
ResponderExcluirObrigado pelo carinho,feliz semana, belos dias,beijos!
Vc esculpe lindamente com suas palavras os afetos da vida. bjs
ResponderExcluirVc esculpe lindamente com suas palavras os afetos da vida. bjs
ResponderExcluirOi Marilene! Passando para agradecer a tua visita e gentil comentário deixado no nosso Arte & Emoções, assim como apreciar este teu belo poema, que me levou a escrever a baboseira abaixo:
ResponderExcluirQuando o amor acontece, muitas vezes do nada,
Cada parte, mesmo sem anuência, é fracionada.
Sempre de cá, alguma parte para lá é levada,
E sempre de lá, alguma parte aqui é deixada.
Abraços,
Furtado.
Verdade, Marilene! Somos esculpidos dia a dia, sim, através de nossos amores e das portas que atravessamos. Belo post, boa semana!
ResponderExcluirCada pessoa, cada amor, é um entalhe, uma cicatriz...somos feitos de muitas delas... lindo o seu poema minha doce Marilene, beijossss
ResponderExcluirExcelente trabalho e belo poema minha amiga.
ResponderExcluirUm abraço e continuação de uma boa semana.
Como vai Marilene, tudo bem?
ResponderExcluirFaz tempo que não venho admirar seus lindos versos e sim, eles me fizeram muita falta!
Poesia e versos compõem a vida da gente e certamente as embelezam!
Afinal, somos um pouquinho de tudo, cada um que chega em nosso caminho deixa um pouco de si e também, nós deixamos uma marca peculiar em cada um que passa pelas nossas vidas!
Seus poemas continuam deslumbrantes!
Amadurecem e se revitalizam a cada dia!
Parabéns Marilene, por seu grande talento!
Um beijo e uma semana maravilhosa!
Marilene, vim agradecer todos os carinhos lindos por lá!Obrigadão! um beijo e um arzinho frrrrio daqui,rs chica
ResponderExcluirMuito com mesmo! Show! Excelentes metáforas elegantemente elaboradas, sutil, delicada, a mesma regularidade de sempre nas excelência dos versos. Gostei imensamente, Marilene. Abraços.
ResponderExcluirOlá mana,
ResponderExcluirAo ler as duas primeiras estrofes veio-me à mente a frase de Antoine Saint-Exupéry: "Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
Cada entalhe da escultura da alma é esculpido através das experiências vividas, da troca natural e às vezes até inconsciente entre aqueles que se cruzam na jornada da vida. E nunca mais seremos os mesmos, pois cada detalhe possui grande poder transformador e enriquecedor.
Poema lindíssimo e de grande sensibilidade. Adorei!
Beijo.
Oi, Marilene sumida! Olha, publiquei outra poetisa lá no Poesia. Se puder, apareça.
ResponderExcluirBeijo e bom dia*
Belíssimo poema que lembra que a pedra, depois de lapidada, é outra; a vida é um burilamento espiritual feito por Deus. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirFomos caminho. Somos caminho. Fomos semente. Somos semente...
ResponderExcluirSó assim a vida tem sentido, entre chegadas e partidas e algumas esperas em apeadeiros. E tudo nos aporta transformações!
Gostei muito, querida.
Meu bjo :)
Teus poemas além de serem maravilhosos, nos fazem pensar e refletir sobre a vida.
ResponderExcluirGostei muito desta reflexão, beijinhos no coração querida Marilene.
Querida Marilene.
ResponderExcluirEstes pedaços moldam-nos e completam-nos e ao longo da vida vão-nos transformando.
Como sempre um poema muito belo, cheio de sentimento e saber.
Amiga, estou a fazer uma pausa nos meus blogues porque nem sempre consigo "encaixar" os blogues na minha vida pessoal que neste momento precisa mais da minha atenção.
Prometo voltar assim que possível.
Até breve!
Um beijinho
Fê
Os caminhos que trilhamos, são (sempre) uma partilha de nós. Damos e recebemos; mas o que ganhamos é sempre muito valioso.
ResponderExcluirMuito reflexivo. Precioso.
Beijo
SOL
Levamos e deixamos pedaços por aí...
ResponderExcluirO milagre natalino está no desejo e na esperança de cada um de ser feliz. Milagres existem sim, principalmente com tamanha benção de Deus, muitas glorias, conquistas e emoções podem ser realizadas, pois o Natal está chegando! Faça seus desejos e acredite em todos eles, pois estão prestes a se concretizarem nesta noite especial. Que seu Natal seja um verdadeiro milagre de alegrias ao lado das pessoas que ama. Que o próximo ano venha carregado de bençãos e realizações. Dizem que ´2017 é o ano da "colheita", tenho certeza que você colherá bons frutos, por só plantou alegria e coisas positivas!
ResponderExcluirUm grande abraço!!!
O que dizer do tempo que em silencio absorve palavras vindas de outro tempo? Bela publicação!
ResponderExcluirCadinho RoCo
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir