domingo, 9 de outubro de 2022

DENTRO DE MIM

(Christian Schloe)
 
                                                                     
                               
 Da minha porta não avisto um rio
e nenhuma estrela cadente
descansou, ainda que por breve momento,
em minha janela

Há, no entanto,
um rio dentro de mim.
Emoções, lágrimas,
suor de cansaço e de prazer
o formaram.

E ele é só meu

Quanto à estrela cadente,
sei que não cria raízes
em seu efêmero passeio pelos céus.
Embala, apenas, 
a finitude de um instante.

E a ninguém pertence


Marilene


17 comentários:

  1. Como é bom ler poesia bonita e elegante como a que, aqui, acabei de ler.
    magistral.
    .
    Saudações poéticas.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  2. Boa tardinha de domingo, querida amiga Lena!
    Dentro de cada ser há uma estrela cadente que faz festa para aliviar cansaços, emoções, lágrimas e dores.
    Muito envolvente seu poema.
    Tenha novos dias abençoados!
    Beijinhos com carinho fraterno

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  3. Grandiosa inspiração que aplaudo muito,Marilene!
    Todos temos esse rio em nós, mas as estrelas cadentes só de vez em quando vemos...
    beijos, linda semana! chica

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  4. Queremos serenidade nesse rio e poder repousar
    nas suas margens, com ou em estrelas cadentes.
    Muito belo, querida amiga.
    Tudo pelo melhor. Beijos
    ~~~~~~~~~~

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  5. Quanta singeleza no seu poema, Marilene! Muito bela a analogia. Muito belo o poema!
    Um abraço,

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  6. Olá :)
    Tão bonito, tão sereno.
    É bom vermos uma estrela cadente e pedir um desejo :)
    Gostei muito.
    Brisas doces ***

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  7. O que é nosso, é nosso... O resto é fantasia sem interesse...
    Gostei do seu poema, é magnífico.
    Curiosidade: o seu poema intitula-se "Dentro de mim". O que publiquei hoje chama-se "Dentro de ti".
    Boa semana, amiga Marilene.
    Beijos.

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  8. Um poema tão belo. Magistralmente bem escrito :))
    -
    A saudade, é ...
    .
    Beijos, e uma excelente semana.

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  9. ... Há sempre um rio que nos corre por dentro e nos banha. As estrelas cadentes são, de facto, fugazes e de brilho pequenino.

    (O comentário ficou partido :) )

    Beijos

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  10. Ah, essas estrelas a quem tanto
    pedi e nada me deram... não
    guardo mágoa, continuo esperando...
    Adorei o texto, profundo a meu
    modo de ver.
    Marilene, um beijo.

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  11. Dentro de mim há um rio, que se não corre, deságua todas as minhas inquietações e sobre ele um facho passa e deixa um rastro de luz, que meus dias teimosamente buscam a luminosidade.
    Belo momento do mergulho na existência.
    Abraços com carinho Lena.
    Semana de delicadezas e gentilezas amiga.

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  14. Um rio que não se vê e um rio que existe feito de emoções.
    Rio caudaloso esse que se forma no decorrer da vida.
    E o brilho breve não é suficiente para iluminar os caminhos.
    Belo poema, querida Marilene.
    Beijinhos
    Olinda

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